Estava hoje avaliando algumas questões referentes a mim, a vida que levo, os pensamentos que vagam minha mente e os sentimentos que residem meu coração. Coloquei-me a questioná-los depois de trocar ideias com pessoas próximas, companheiros queridos e admiradores atenciosos. Pus-me então a analisar outras perspectivas diante do que realmente sou.
É complicado falar de si mesmo e uma autoavalição nem sempre é suficiente. É preciso olhar de fora, enxergar com outros olhares que o julgam, as vezes condenam. Olhares estes que conseguem ver certas purezas que estava desacreditado. Sim, desacreditado de mim. Olhares que ajudam a compreender melhor meu ser.
Não posso deixar-me equivocar aos conceitos dos outros em relação a mim, são apenas opiniões, estas que são formadas somente pelo o que os outros veem. E claro, veem o que quero mostrar, só o que está ao seu alcance. Acredito que as pessoas são mais interessantes quando não as conhecemos. Quando temos conhecimento apenas do que nos agrada, analisando uma perspectiva positiva. Depois de conhecer seus outros lados, seus defeitos e imaturidades, seu encanto pode apagar-se. E isso acontece também comigo, obviamente.
É então que, fazendo uma análise geral, observando as minhas perspectivas e as dos outros perante mim, a visão é mais ampla e, consecutivamente, o resultado mais objetivo.
Acho mesmo que todo mundo deveria gastar um pouquinho do seu tempo fazendo essa espécie de terapia. Organizar seus pensamentos, observar suas atitudes e debater sobre isso com as pessoas que estão ao seu redor. É extremamente evolutivo.
Muito melhor do que continuar carregando sua velha casca, saturado dos seus antigos conceitos já absorvidos e sem uma chance de transformar o mundo ao seu redor, começando por si mesmo.
Augusto Cruz
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