quinta-feira, 31 de março de 2011

4 letras

Estava lendo o blog da Doutora Elenita (ex-bbb) quando encontrei a frase:
E esse negócio de "amor" à primeira vista é coisa de filme de hollywood. As pessoas se encantam à primeira vista. E só. Amor é construído.
Eu tento lutar contra mim, para então contrariar esta frase. Mas é realmente preciso dar o braço a torcer e admitir que ela tem razão. Essa história de amor a primeira vista é um grande mito. Não é possivel que haja amor no primeiro olhar. Encanto, semelhanças podem sim gerar uma paixão. Apaixonar-se é tão fácil quanto parcelar fatura do cartão de crédito,  mas os juros são bem mais altos. A paixão enlouquece, cega, fazendo-nos surtar, tomar as decisões mais impensadas e incompetentes. Só que ela aproxima, não desiste. E é então que você conhecerá o que há por detrás dos olhos apaixonantes na primeira vista. E além das qualidades que te prenderam, virão os defeitos; decisivos. E são justo eles que podem fazer desistir; ou prosseguir. Se fores capaz de lidar com os defeitos de alguém, estarás pronto para receber todo o melhor que pode te dar. E isso é amor. Aquele sentimento que a doutora citou como construído, sabe? Dia a dia, briga a briga, beijo a beijo, a cada reconciliação. O amor não cega, não é louco, não é irreal. Ele coloca você junto daquilo que queres. Ele ensina, ele obecede, ele cede. Ele aprende. Aprende-se a amar amando. 
Quando entenderes que se para ser mais feliz ele precisa voar, quando perdoares alguém, quando quiseres o alguém mesmo com aquelas inúmeras falhas, inúmeras mágoas do passado, inúmeras coisas irritantes que te fazem sorrir de tanto que te incomodam, é porque você aceita o que seu próximo realmente é; é porque você está preparado para tê-lo por completo; é porque você descobriu o significado do sentimento mais altruísta que existe no mundo.

Augusto Cruz

3 comentários:

Paulo Mueller disse...

É complicado tentar definir esse sentimento. De qualquer forma um belo texto.
Abraço

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Eu acredito...