domingo, 26 de dezembro de 2010

 
Mais do que quero, venero. Preso em minha liberdade tragada tão cheia de prazeres e liberada ao suave veneno que desce queimando meu ventre em uma dose, apenas. Alma minha gentil, apresenta-se. Destina-se ao céu límpido tão escuro quanto sua carga, descarregada. Surge como um clarão imenso, hipertenso. Meus rabiscos mal traçados proclamam dvindidade; sujos. No acaso, por acaso, percorrem linhas virgens, ironicamente, tentando levar-me a um alguém distante e inatingível que foge da veracidade, que na lentidão entrega-se ao seu funeral circense: você e eu.

Augusto Cruz

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