Todas as vezes em que debruço-me a escrever uma boa narrativa, encontro dificuldade em colocar um fim. O clímax nunca é demais para mim. Pode ser sempre um pouco mais.
Minhas personagens custam a me deixar as entranhas. Parece que sempre querem algo a mais para absorver de mim. Percorrem meu eu em busca de uma nova solução para o enredo; mesmo quando já esgotou-se.
O mau do escritor, talvez seja esse: a insatisfação a sua obra.
Há histórias que se mexidas, podem estragar. E nisso o seu criador peca. Insiste. Acaba jogando todas as páginas no lixo.
O ponto final pode não ser o fim. O ponto final pode ser um novo começo.
Augusto Cruz
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