quarta-feira, 12 de março de 2014

O sorriso da dor

Ininterruptamente doerá.
Como uma ferida aberta
na imensidão dos meus maiores delírios.

E lá no fundo, consecutivamente faltar-te-á.
Sempre haverá um abismo o qual me atirei.
Na estrada, por uma miragem infinita eu ei de passar.
Tudo feito para amantes.
E estarás lá:
A profunda dor em minha felicidade.
O maior sofrimento dos meus dias de glória.
Haverá uma fenda aberta em que espiarei o futuro;
como uma brecha visível
mas impossível ultrapassá-la.

A ferida; minha poesia
É por ela que escrevo
E ela me compõe.

Augusto Cruz

Um comentário:

Marcio Haskel disse...

"O sofrimento; minha poesia
É por ele que escrevo
E ele me compõe."

Belíssimo!