Estamos todos no mesmo precipício. O mesmo de sempre. Aquele em que há um mar gelado e divertido nos esperando. Todos os dias pulamos daquelas centenas de metros. Todos os dias. É divertido sentir a adrenalina correr as veias. A cada dia que passa, a sensação torna-se menor. Por isso, todos os dias procuramos um precipício maior. E cada dia que passa, a necessidade de um precipício maior aumenta. Já estamos chegando em um estágio aonde o precipício começa a se tornar uma zona de risco e a brincadeira pode transformar-se uma grande tragédia.
Continuo os acompanhando diariamente até o alto pico, mas escolho não pular, fico assistindo e tentando me contagiar com a euforia que os contagia.
Hoje já tenho medo de pular. Já perdeu a graça assistir. Eles continuam arriscando.
Mas lembrem-se: eu avisei.
Augusto Cruz
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