quarta-feira, 4 de maio de 2011

Instintos Felinos


Dizem que gatos são ariscos. Dizem que gatos arranham, mordem e são apegados ao lar e não ao dono. Dizem que gatos são interesseiros e vingativos. Dizem, também, que gatos fazem o que bem entendem e não são obedientes. Podem dizer o que quiser, eu acredito. Isso é o instinto felino. Mas, assim como os gatos, os seres humanos tem instintos e são favoráveis a tomar certas atitudes, mas dependendo de sua criação podem ou não serem adaptados.
Não gosto de generalização. Não gosto quando olham para a minha gata e falam "não gosto de gatos". Po, você não gosta dos instintos felinos, não conhece a minha gata para tirar conclusões precipitadas. Isso é preconceito, ok? Minha gata é diferente dos outros gatos, assim como cada um é diferente do outro. Ela pode ter seus instintos, mas ela recebeu uma educação e através disso construiu seus hábitos e costumes. Quando chego em casa ela não age como um cachorro, que seguindo seu instinto, viria correndo ao meu encontro e pularia em cima de mim. Ela fica na dela, começa a me seguir para todos os lados e espera que eu me sente para então deitar no meu colo. Quando vou dormir, ela se esconde embaixo da cama e espera que eu apague as luzes para deitar em meus braços. Quando recebo pessoas diferentes em casa ela se isola, assustada, e fica lá; é como a garota com quem mora comigo faz: antes antipática do que falsa. Caso a pessoa visite a casa com mais frequência, ela se aproxima. E tudo isso? É instinto ou sentimento?
Nesses dias, aconteceu uma situação engraçada que vou compartilhar: eu cheguei exausto do trabalho e fui dormir. A Rebecca, minha gata, entrou no quarto comigo, como de costume e dormiu no meu colo. Passadas umas 2 horas, o garoto com quem mora com a gente, bateu na porta do quarto para me acordar para um compromisso, como havíamos combinado. Eu fingi que não ouvi e continuei dormindo, mesmo sabendo que precisava levantar. Foi então que minha gata começou a fazer carinho no meu rosto e mesmo assim eu não levantei, só a empurrei pro lado. Foi então que, ao espiar por baixo do meu tapa olho, a vi ficando em pé na cama, debruçando-se na parede e apertando o interruptor. Sim, ela acendeu a luz para que eu acordasse. E em seguida, voltou a acariciar meu rosto. Caso eu não tivesse vivido essa experiência, dificilmente acreditaria. Mas aí eu pergunto: ela fez isso por instinto ou por carinho, apoio? Não é fácil reconhecer.
Seja como for, é só compreender que ela é única, que ela é especial, que ela tem, além de seus instintos, sua criação e suas experiências de vida que a fazem agir e sentir. E por isso, meu principal instinto é amá-la.

Augusto Cruz

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