segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ponto final

É engraçado como a dor passa quando a gente decide que ela deve esgotar-se.  Perceber que eu só queria chamar sua atenção de alguma forma, fazer com que sua culpa o corroesse e depois, você viesse  prostrar-se aos meus pés atrás de desculpas; amedrontadas. E então, o ego domaria meus instintos e eu proclamaria as palavras: tarde demais. Este não é você, mas principalmente, este não sou eu. Ontem eu nem ao menos sabia - queria saber - quem eu era e hoje já é algo tão indiferente que, simplesmente, passou.
Maturidade, queira Deus que eu possa continuar carregando comigo, para então exclamar que nós dois fomos, apenas, como uma chuva de verão, que veio intensa e inesperada e logo, no final da tarde, foi embora, deixando espaço para o céu rosa e convidativo abençoar meu coração.
E este sou eu, proferindo minhas últimas palavras referentes aquilo que foi apenas um sonho de uma noite de verão. 

Augusto Cruz

Nenhum comentário: