A menina que morava comigo era atraente e bonita. A primeira vista, tive a impressão de que era areia demais pro meu caminhãozinho. Parecia aquelas moças que não dão moral pros caras, que tem um pensamento superior e que jamais se encaixaria aos meus hábitos pouco maduros. Mesmo assim, tivemos que arriscar.
Em uma convivência forçada e rotineira, descobri que equivoquei-me em meus pensamentos. Com o passar dos dias, percebi que muito de nós era, surpreendentemente, similar. Os gostos, as brincadeiras e até mesmo as coisas sérias. Dona de uma personalidade forte, gostava de ter as coisas do seu jeito, nem que fosse a maneira como faxinar a casa. Estudava diariamente e preocupava-se em superar-se. Não admitia decepções. Por vezes chorava ao cair, mas tinha forças para levantar, rever seus conceitos e mudar. Era realmente inspirador. Tão menina, adorava rosa e estampas de flores. Misturava cores e gostos. Fazia combinações exóticas mas que se adequavam perfeitamente a sua personalidade tão única. Tinha aquelas coisas que eram estranhamente "a sua cara".
Dona de um sorriso largo, não exitava em mostrá-lo. Usava sua mente astuta para rir. Gargalhava como ninguém. Detalhista, descrevia as diferentes situações que vivia minúciosamente. Fazia questão de contar as novidades na hora em que aconteciam, seja qual fosse a situação, nem que pra isso tivesse que me ligar, gritar ou me acordar o auxílio de um palitinho no nariz. Com isso, fazia com que eu me sentisse importante.
Tinha medo do escuro e de dormir sozinha.
Era apaixonada pela vida e pela forma que a conduzia. Era apaixonada pelas coisas que fazia e pelas pessoas que tinha ao seu redor. Ela não gostava das coisas fáceis e que estivessem a sua mão; quanto mais difíceis, maior sua vontade de posse.
Na cozinha, preparava pratos diferentes e extremamente saborosos. Curtia caminhar na praia e pegar uma balada.
Mimada, chorona e manhosa como ninguém, tinha o poder da persuasão.
Com seus longos cabelos loiros podia conquistar quem quisesse, mas não queria qualquer um. Para ela, o importante era mostrar instabilidade e segurança. Ou então, deveria representar um grande desafio.
Familiar, dormia com a foto da vovó pendurada na cama. Mas esse detalhe eu consegui mudar, graças a Deus. Organizada, programava sua agenda já no final de semana, mas não gostava de compromissos, por isso, substituía-os com facilidade.
Sabia ouvir e aconselhar. Impulsiva, fazia coisas pelas quais se arrependia, ou, na maioria das vezes, se orgulhara. Era orgulhosa e teimosa. Brega e chique. 8 ou 80.
Em princípio, a apresentava como "a menina que mora comigo". Com suas qualidades, transformou-se em "a amiga com quem divido minha vida".
Chegou, mudou tudo e, peço a Deus que seja qual for o caminho que eu tenha que cruzar, ela esteja em meu lado em todo ele.
Em uma convivência forçada e rotineira, descobri que equivoquei-me em meus pensamentos. Com o passar dos dias, percebi que muito de nós era, surpreendentemente, similar. Os gostos, as brincadeiras e até mesmo as coisas sérias. Dona de uma personalidade forte, gostava de ter as coisas do seu jeito, nem que fosse a maneira como faxinar a casa. Estudava diariamente e preocupava-se em superar-se. Não admitia decepções. Por vezes chorava ao cair, mas tinha forças para levantar, rever seus conceitos e mudar. Era realmente inspirador. Tão menina, adorava rosa e estampas de flores. Misturava cores e gostos. Fazia combinações exóticas mas que se adequavam perfeitamente a sua personalidade tão única. Tinha aquelas coisas que eram estranhamente "a sua cara".
Dona de um sorriso largo, não exitava em mostrá-lo. Usava sua mente astuta para rir. Gargalhava como ninguém. Detalhista, descrevia as diferentes situações que vivia minúciosamente. Fazia questão de contar as novidades na hora em que aconteciam, seja qual fosse a situação, nem que pra isso tivesse que me ligar, gritar ou me acordar o auxílio de um palitinho no nariz. Com isso, fazia com que eu me sentisse importante.
Tinha medo do escuro e de dormir sozinha.
Era apaixonada pela vida e pela forma que a conduzia. Era apaixonada pelas coisas que fazia e pelas pessoas que tinha ao seu redor. Ela não gostava das coisas fáceis e que estivessem a sua mão; quanto mais difíceis, maior sua vontade de posse.
Na cozinha, preparava pratos diferentes e extremamente saborosos. Curtia caminhar na praia e pegar uma balada.
Mimada, chorona e manhosa como ninguém, tinha o poder da persuasão.
Com seus longos cabelos loiros podia conquistar quem quisesse, mas não queria qualquer um. Para ela, o importante era mostrar instabilidade e segurança. Ou então, deveria representar um grande desafio.
Familiar, dormia com a foto da vovó pendurada na cama. Mas esse detalhe eu consegui mudar, graças a Deus. Organizada, programava sua agenda já no final de semana, mas não gostava de compromissos, por isso, substituía-os com facilidade.
Sabia ouvir e aconselhar. Impulsiva, fazia coisas pelas quais se arrependia, ou, na maioria das vezes, se orgulhara. Era orgulhosa e teimosa. Brega e chique. 8 ou 80.
Em princípio, a apresentava como "a menina que mora comigo". Com suas qualidades, transformou-se em "a amiga com quem divido minha vida".
Chegou, mudou tudo e, peço a Deus que seja qual for o caminho que eu tenha que cruzar, ela esteja em meu lado em todo ele.
Augusto Cruz
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